[MÚSICA] Teoria dos jogos: Co-opetição. Esse termo, co-opetição, é uma palavra inventada. Foi proposta por Brandenburger e Nalebuff 1995 quando eles publicaram artigo que fez muito sucesso, artigo que foi publicado na Harvard Business Review, naquele ano ganhou o prêmio [INCOMPREENSÍVEL] de artigo mais importante estratégia e esse anagrama vem justamente da junção tanto inglês, que foi "co-opetition"- de "cooperation and competition"- e, português, foi traduzido também de cooperação e competição. Mas o nome do artigo, eu quero chamar atenção, era "The right game". Por que? Porque os autores queriam frizar que é mais importante você saber qual é o jogo que está acontecendo do que saber jogar. Não adianta nada você saber jogar e não sabe qual é o jogo, estar jogando o jogo errado, é muito pior, é mais importante saber jogar. E esse modelo foi proposto para que os executivos pudesse identificar situações de negócios que há cooperação e distingui-las daquelas que há competição. Veja, não é tão elementar assim. Se fosse, não haveria tanto êxito no desenvolvimento e aplicação desse modelo no mundo dos negócios. Se você tiver interessado, saiba que o livro publicado depois do artigo, "Co-opetition", inglês, está português, "Co-opetição", está disponível, você pode comprar. Muito bem. É uma teoria amparada na teoria dos jogos, esse modelo de co-opetição, teoria dos jogos com aquela referência principal do Von Neumann e Morgenstern de 1944. Esse modelo co-opetição, ele apresenta 2 principais aspectos. Aspecto que é a analogia entre guerra e paz no campo militar e no campo dos negócios e o conceito de complementares. Guerra e paz, a analogia feita é a seguinte: guerra seria competição no mundo dos negócios e paz seria cooperação no mundo dos negócios. Todavia, no campo bélico, quando o país está guerra, ele não está paz e vice-versa. Mas no campo dos negócios, pode haver guerra e paz ao mesmo tempo, daí a diferença. Simultaneamente, competição e cooperação. No texto, os autores vão dizer que cooperação existe quando a proposta é crescer o bolo. Cuidado. Esse bolo, eles não estão dizendo o mercado, mas o lucro agregado. E competição ocorre quando a ideia é dividir esse bolo. É introduzido também a ideia de complementares e os principais exemplos lançados são no campo dos computadores, no campo da informática, você tem o hardware e você tem o software. Quanto vale o hardware sem o software? Os dois produtos são complementares. A existência de complementar é agente muito importante para a visão dos negócios. Uma outra ilustração, você pode imaginar os veículos, os produtores de veículos e as seguradoras de automóveis. Nessas duas circunstâncias, você tem outro agente, que é o complementar muito importante para os negócios. Se você recorrer para o modelo do Porter, de 5 forças, você vai observar que nas 5 forças, fornecedores, compradores, concorrentes, substitutos e novos entrantes, não há a presença dos complementares. Os complementares é como se fosse uma sexta força não considerada no modelo do Porter. Para operacionalizar isso, é proposto modelo chamado Rede de Valor. Esse modelo contempla alguns jogadores principais, que seriam a empresa, seus compradores, seus fornecedores, seus concorrentes e seus complementares. É modelo aonde, basicamente, as regras dizem que fluxo ascendente da empresa para os clientes, onde esse fluxo é fluxo de dinheiro com uma troca de recursos. Esse mesmo fluxo existe dos fornecedores para a empresa, enviando bens e produtos e a empresa enviando dinheiro, e, paralelamente, esses fornecedores também estão fornecendo para concorrentes da empresa e complementares da empresa, assim como, os compradores estão comprando tanto dos concorrentes, como dos complementares. Esta é a proposta de co-opetição. [MÚSICA]