[MÚSICA] Olá a todos aqui é o professor George Sales, eu sou professor aqui da FIA, dos cursos de graduação e pós graduação. Nós vamos falar nesse módulo de orgãos de regulação, auto regulação, fiscalização e de participantes do mercado. E nesta primeira aula, nós trabalharemos a estrutura básica do sistema financeiro. Agora, falando do sistema financeiro nacional, nós temos o Ministério da Economia, e o Ministério da Economia ele tem os órgãos normativos. Esses órgãos normativos são o Conselho Monetário Nacional, o Conselho Nacional de Seguros Privados e o Conselho Nacional de Previdência Complementar, então são os órgãos normativos que criam as regras, depois a gente tem os órgãos de controle que fazem a organização do sistema, e aí nós temos as autarquias Banco Central, a Comissão de Valores Mobiliários, a Superintendência de Seguros Privados, e a Previc que cuida da Previdência Complementar. Depois nós temos os participantes do mercado, onde a gente separa instituições financeiras que são captadoras de depósito a vista, Nós temos as demais instituições financeiras cada uma com a sua característica, nós temos outros intervenientes financeiros, e nós temos os demais participantes do mercado. E dentro da parte de de previdência complementar nós temos as operadores de fundos de pensão. O porquê que tudo é separado? Quando a gente escuta muito falar, " a desregulamentação do sistema bancário, desregulamentação do sistema financeiro". O quê que quer dizer isso prática? Vocês estão percebendo que é tudo separadinho? É tudo separado, cada coisa tem a sua finalidade. Por que? É como se capta o dinheiro, e se empresta. Então a gente fala que são as carteiras, nos grandes bancos, nos grandes conglomerados financeiros nós falamos carteiras. Então, você pega banco grande ele tem a carteira de operações a vista, e ele tem a carteira de depósito a prazo, e ele tem a carteira de crédito, e ele tem a carteira de crédito, e ele separa tudo carteiras, por quê? Porque o dinheiro que vem de tipo de captação ele se destina a tipo de operação. E vocês percebam que esse mecanismo ele é travado, diferentemente de outra forma de captação e outra alocação de recurso. "Ai professor está meio confuso." Quer ver, vamos lá. Imagine navio petroleiro. Então você tem navio, está lá. Como é que ele diminui o risco dele? Ele separa tudo porões. Então, o navio, apesar de ser navio tanque, apesar de ser o petróleo que está la dentro, no caso o dinheiro enfim, eles são separados tanques. Por que? porque se acontecer do navio bater, ele estraga tanque, mas não afunda o navio. Vocês entendem? Agora, você imagina só mercado financeiro onde o dinheiro pode entrar por lado e sair pelo outro outro tipo de operação. Se por acaso tudo se conectar, ou seja, o dinheiro não tem não tem vínculo de operação, não tem uma carteira que lhe sustente, o quê que acontece? Se por acaso acontecer problema no banco, o problema pode ser generalizado para todas as operações e aí afunda o navio. Então, a gente separa atividades carteiras. Então, o Banco Central ele fiscaliza esse tipo de coisa. Vê se o banco não está misturando as operações, ele não está captando dinheiro de tipo de operação para destinar para outro, daí as regulamentações. Daí você controlar o mercado financeiro, para evitar que esse tipo de risco aumente. Deu para entender pessoal? É essa a ideia. É a gente não misturar as carteiras, então por isso que o sistema financeiro ele é todo fatiadinho, todas as operações tem a sua característica. Justamente para não haver vínculo, e o Conselho Monetário Nacional ele está aí para isso. O quê que ele faz, o Conselho Monetário Nacional? Ele cria as regras, ele cria toda a regulamentação que serve como plano de fundo para operacionalizar tudo. Então, ele tem, ele tem como especialidade criar essas regras e manter a característica do mercado. E justamente definir, por exemplo, políticas de meta de inflação, para se chegar resultado final. Então, ele vai controlar mercado de crédito, mercado cambial e mercado de capitais. Quando a gente fala do conselho nacional de seguros privados, ele tem a mesma característica, criar as regras e funcionamentos para o mercado de seguros, e para o mercado de previdência complementar. Então, está lá tudo amarrado, onde você tem todas as características e modelos de seguros, resseguros, a parte de previdência privada, enfim, tudo vinculado a questões legais que são determinadas por esse conselho. Quando a gente fala do Conselho Nacional de Previdência Complementar, ele vai criar regras também para instituir e criar condições para o funcionamento dos mecanismos do fundo de pensão, que na verdade são as previdências patrocinadas por agente, no caso o empregador, e como você faz funcionar essas entidades fechadas de previdência complementar, então toda regulamentação está dentro desse conselho para esse tipo de atividade. Então, o que a gente viu? A gente viu que existe conselho para separar as atividades, dentro do mercado financeiro, e que vai criar as regras e funcionamento para o próprio mercado trabalhar. A gente vai ver na próxima aula as autarquias, qual é o papel delas nesse cenário. [MÚSICA]